14 - O Fim. | Tudo Começou em Dezembro.

7/02/2013 11:43:00 PM

Voltei pra sala, peguei meus materiais e fui embora. Eu não sabia o que ia falar pra Arthur, como eu iria terminar com ele? Se eu o amava e muito. Aquilo tava me corroendo por dentro. 
Cheguei em casa, minha tia tava chorando muito: 
- Keth, e agora? 
- O que aconteceu tia? 
- A policia não tem nenhum paradeiro dela, apareceu um corpo no IML com as características dela e eu to com medo de ir lá, e se for ela? 
- Não vai ser tia, pode ir, que não vai ser. 
- Como sabe? 
- O tempo dirá. 
Entrei pro quarto e tranquei a porta, peguei minha caixinha e peguei a lâmina mais afiada que tinha lá, fiz um "x" de cima a baixo no meu braço e cortei o nome do Arthur na minha perna, escorreu muito sangue, muito mesmo. No início fiquei assustada mais depois me senti livre, me senti forte e decidida. Vesti minha roupa e a jaqueta na qual eu nunca tinha usado e  liguei pra Arthur:
- Oi princesinha.
- Oi, posse te encontrar?
- Claro, vem aqui em casa.
- Tá, tchau. 
Desliguei sem ele dar resposta, eu tinha que ser dura pra conseguir terminar com ele, eu o amava muito e se não fosse assim talvez eu nunca conseguiria. 
Fui, bati na porta do ap dele e ele saiu com aquele jeito dele de sempre, desleixado e perfeito, eu respirei fundo e falei. 
- Precisamos conversar. 
- Que foi amor?
- Quero terminar. 
- Como assim? Porque?
- Isso não tá dando mais pra mim Arthur, eu to me sentindo presa e não gosto da sua amizade com a Maria Laura, eu falei que não gostava dela e você continuou a falar com ela. Eu não me sinto bem com isso. 
- Do que você tá falando Keth? Eu te amo!
- Não ama, você só queria transar comigo! 
- Keth, não fala isso! Para de ser boba, eu te amo mais que toda a minha vida! - Ele começou a chorar, o que me fez me tremer por dentro. - Não faz isso Keth! 
- Não dá mais pra mim Arthur. Nós dois somos de mundos diferentes, não combina. 
- Keth, nós dois somos como cama e colchão, leite e toddy, nós combinamos muito sim, até porque eu te amo muito, você é a princesa da minha vida. Eu te amo. Não faz isso comigo. 
Ele veio pra tentar me beijar, eu passei a mão na barriga dele e o empurrei. 
- É o fim Arthur, foi bom enquanto durou. - Eu disse sem olhar nos olhos dele. 
Sai correndo, entrei no elevador e fui embora. Ele me ligou sem parar. Eu entrei dentro do quarto e me cortei mais, cada vez que o sangue escorria mais eu me cortava. Fazia cortes cada vez mais fundos e largos, com mais sangue, mais dor, mais ódio, mais sentimento. 
Primeiro uma lágrima, depois uma gota de sangue e assim foi indo, cada vez mais, eu não sentia mais meu corpo eu estava ficando inconsciente e desmaiei. 
Ficou aquela cena horrível no meu quarto, eu só de calcinha e sutiã, toda cortada e sangue pelo quarto todo.  
Eu retomei a consciência e vi Clarice na minha cama. 
- Clarice, me diga que eu fiz a escolha certa. 
- Keth, a batalha vai ser longa, se prepare. Maria Laura quer acabar com você. 
- Clarice, porque ela quer fazer isso? Porque comigo Clarice? 
- Keth, cada um tem o seu destino. 
- Não gosto do meu, tem como mudar?
- Não Keth, o destino é traçado. Vamos, limpe este quarto, logo logo sua tia chega.
Eu me levantei e limpei o chão e depois fui tomar banho. 
Cada gota de água que escorria sobre os cortes ardia muito, mais nenhuma dor se comparava a o que eu sentia constantemente. 
Eu queria uma solução pra minha vida. Será que é tão difícil ser feliz? Porque aquela menina implicou logo comigo? Porque? 
O telefone tocou. 
- Oi, Keth? 
- Sim. 
- É a sua BFF, Maria Laura. 
- O que você quer sua vadia? 
- Cuidado com o tom fofa e ai missão comprida? Terminou com o gostoso do Arthur. 
- Sim, cadê minha prima. 
- Daqui duas horas ela estará no hall do prédio, mas irei conferir viu. 
Ela desligou. Eu desci correndo e fui esperar minha prima. 
Vi minha tia chegando com Mayara, elas não me viram. 
Se passaram as duas horas e lá estava ela entrando no prédio.
- Evellyn! - Eu gritei. 
- Priminha. - Ela correu e me abraçou. - Eu fiquei com muito medo Keth, me leva pra casa por favor. 
Eu a peguei no colo, apesar de que ela já estava muito grandinha, porém ela estava toda machucada. 
Abri a porta. 
- Tia, tenho uma surpresa, olha quem eu achei na porta do prédio. 
- Evellyn! - Gritou Mayara. 
Mayara e minha tia veio correndo e abraçaram ela. Eu as deixei e fui pro meu quarto mergulhar na minha solidão. 

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